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No início do século XX, quando a raça existia sobretudo no seu local de origem e antes de ter suscitado o interesse de criadores, que ajudariam a disseminá-la por todo o país e pelo estrangeiro, o Cão da Serra da Estrela de pêlo curto era muito mais comum do que a variedade de pêlo comprido. O progressivo abandono da actividade da pastorícia, algumas décadas depois, e o desaparecimento do Lobo Ibérico da Serra da Estrela, tornaram-no dispensável para o exercício da função, que levando ao desaparecimento da variedade. Num passado recente, devido à acção de alguns criadores entusiastas e do Grupo Lobo, que iniciou um programa de colocação de cães de gado em rebanhos, nas zonas onde o lobo ainda existe, o Serra de pêlo curto tem vindo a ser recuperado. Apesar do número de exemplares registados no Clube Português de Canicultura ser muito inferior ao da variedade de pêlo comprido, existem muitos, não registados, a desempenhar a função, para a qual estão mais
adaptados do que os de pêlo longo, os quais requerem cuidados regulares com a pelagem, pouco compatíveis com o tipo de vida e disponibilidade dos pastores. Por outro lado, gradualmente, o pêlo curto tem vindo a conquistar mais apreciadores, em Portugal e noutros países.
Embora desde os primeiros anos da minhaa criação tenha planeado contribuir para a preservação do Cão da Serra da Estrela de pêlo curto, só em 2014 criei a minha primeira ninhada dessa variedade, e desde então o meu projecto de melhoramento da raça tem-se articulado entre ambas, programando, para cada ano, pelo menos uma ninhada de cada uma delas e apostando também em acasalamentos inter-variedades, como forma de melhoramento de cada uma delas (na morfologia, na saúde, na funcionalidade) e de conservação da diversidade genética.